quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dilma discute reforma tributária com governadores

Agência Brasil
BRASÍLIA – Os governadores dos quatros estados da Região Centro-Oeste se reuniram nesta quinta-feira (14) com a presidente Dilma Rousseff para discutir a reforma tributária e a partilha dos royalties do petróleo do pré-sal para estados e municípios não produtores.

Os governadores defenderam a necessidade de criação de um fundo de desenvolvimento regional para compensar as perdas decorrentes da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), caso a proposta do governo seja aprovada. O governo defende que o ICMS seja cobrado no destino, com alíquota de 4%.

“Os 4% de ICMS já são um prejuízo. Pode até ser aceitável, de acordo com o fundo”, disse o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. “Os estados do Centro-Oeste, que são exportadores, perdem com essa reforma e tem que ter uma compensação”, emendou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse que grande parte dos governadores defendeu alíquota de 7% no destino para estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 2% para estados das regiões Sul e Sudeste

O pré-sal entrou na discussão e foi apontado como alternativa para compensar os estados que perderão arrecadação com as novas regras tributárias. O governador André Puccinelli disse que a presidenta Dilma já definiu o apoio ao acordo já feito com os governadores para a divisão dos royalties do petróleo. “Já houve um acordo de que os estados produtores reduziriam seu percentual de 26% para 25%, os não produtores teriam acréscimo para 22%. A presidente foi enfática em dizer que esse é o acordo preferencial”, disse Puccinelli.

Uma carta que reúne as propostas elaboradas pelos governadores para o desenvolvimento da região foi entregue à presidente Dilma. Os governadores defendem mudanças no indexador que corrige as dívidas renegociadas dos estados e pedem a abertura de linha de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a manutenção dos níveis de investimento dos últimos anos.

Participaram da reunião de hoje os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, de Goiás, Marconi Perillo, do Mato Grosso, Silval Barbosa e do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

No dia 15 de junho, será a vez dos governadores do Nordeste se reunirem com a presidente Dilma Rousseff.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poço no campo de Lula registra a maior produção da Petrobras em maio

Poço é o primeiro a produzir comercialmente no pré-sal da Bacia de Santos.
'Resultado confirma alto potencial dos reservatórios do pré-sal', diz empresa.

Do G1, com Valor OnLine
A Petrobras informou nesta quinta-feira (7) que o poço 9-RJS-660, no campo de Lula, registrou o maior volume de produção da companhia em maio, com uma média de 28.436 barris de petróleo por dia (bpd). Esse poço é o primeiro a produzir comercialmente no pré-sal da Bacia de Santos.
'Esse resultado confirma o alto potencial dos reservatórios do pré-sal brasileiro, e, se considerarmos a produção de óleo mais gás natural, o volume alcançou 36.322 barris de óleo equivalente por dia (boed)', afirma a Petrobras em nota.
O poço está interligado à plataforma Cidade de Angra dos Reis e é o primeiro dos seis poços de produção a serem conectados à unidade.
Além desse poço, já está conectado à plataforma um poço injetor de gás que, desde o início de abril de 2011, reinjeta no reservatório gás produzido pelo poço 9-RJS-660. Estão previstos também mais dois poços injetores, dos quais um de água e outro que alternará injeção de água e gás.
"A previsão é que o FPSO Cidade de Angra dos Reis esteja produzindo cerca de 100 mil bpd ao longo do ano de 2012", afirma a Petrobras.
O consórcio que desenvolve a produção no bloco BMS-11, onde está localizado o campo de Lula, é formado pela Petrobras, que é a operadora, com 65% de participação, a BG Group, com 25%, e a Galp Energia, com 10%.