domingo, 15 de fevereiro de 2015

 Proteger mananciais é o grande desafio

O evento Água Limpa para um Mundo Sustentável discute hoje o abastecimento urbano e a proteção das reservas
Publicado em 22/03/2010 | ARI SILVEIRA

Carlos Renato Fernandes / Fotos de Carlos Renato Fernandes para o livro  Água - Alma das PaisagensLevar os serviços de coleta e tratamento de esgoto às comunidades não atendidas e acabar com as ligações irregulares nas áreas cobertas pela rede coletora são ações fundamentais para a proteção dos mananciais. Quem garante é a diretora de Meio Ambiente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Maria Arlete Rosa, que participará hoje, Dia Mundial da Água, do evento Água Limpa para um Mundo Saudável, no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em Curitiba.
O uso sustentável da água para abastecimento ur
Carlos Renato Fernandes / bano, com ênfase na região metropolitana de Curitiba, é o tema do primeiro bloco de debates. “A grande Curitiba tem de ter como diretriz de seu desenvolvimento a proteção dos mananciais”, afirma Maria Arlete.
Carlos Renato Fernandes
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Livro relaciona água e vida
A coletânea de fotos e textos com diferentes abordagens sobre a água e suas relações com o Universo e a vida, nos pontos de vista científico, filosófico, espiritual e humanístico, resultou no novo livro do fotógrafo Carlos Renato Fernandes. Em 240 páginas, Água – Alma das Paisagens, que será lançado hoje à noite, em Curitiba, reúne fotos, ilustrações, imagens de satélite e textos assinados por hidrólogos, professores universitários, cientistas e ambientalistas. A apresentação é do espaçonauta francês Patrick Baudry, enquanto a orelha da sobrecapa traz texto do alpinista Waldemar Niclewicz. O lançamento faz parte da programação paralela do evento Água Limpa para um Mundo Saudável.
Formado em Odontologia, Carlos Renato atualmente se dedica exclusivamente à fotografia, com destaque para a natureza. “Tudo o que faço é pela natureza, pela preservação ambiental”, afirma. “Faço uso da força das imagens e do poder das palavras para transmitir o que tenho de melhor às pessoas, para que elas se conscientizem da necessidade de se conservar os recursos naturais.”
Produzida ao longo de três anos, a obra trata da presença da água no Universo e da origem da substância na Terra. O fotógrafo lembra que, em todo o Universo, até hoje só se comprovou a presença de água em estado líquido no nosso planeta. “E a água é essencial à vida, pelo menos da forma que a conhecemos”, ressalta.
O autor já publicou os livros Floresta Atlântica – Reserva da Biosfera, O Paraná, Curitiba – Bra­­sil e Ferrovia Paranaguá-Curi­tiba. Seu próximo projeto é produzir um livro sobre o Parque Na­­cional do Iguaçu, no Oeste paranaense. (AS)
Serviço: Água – Alma das Palavras – 240 páginas coloridas em papel couché brilhante de 150 gramas, com capa dura e sobrecapa, formato 27 x 31 cm. Lançamento às 20 horas, no Teatro Fernanda Montenegro, com exposição de fotos homônima e apresentação do espetáculo A Lenda das Cataratas do Iguaçu, com o Ballet do Teatro Guaíra.
Em todo o estado, a Sanepar decidiu priorizar os investimentos de esgoto nas áreas de mananciais, para garantir a qualidade da água. “Se tomarmos os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), metade é destinada às obras de coleta e tratamento de esgotos”, diz a diretora.
Hoje, em Piraquara, onde os mananciais constituem 97% do território do município, a cobertura de esgoto é de 100%. Curitiba, por sua vez, tem cobertura de 92%. “Mas 100% dos rios estão mortos, porque a população não liga seus esgotos à rede de forma correta”, critica.
Para tentar reverter esse quadro, a Sanepar lançou a campanha Se Ligue na Rede, que já retirou uma carga de toneladas de esgoto no litoral que acabavam sendo lançadas no mar. Em Curitiba, grande parte da poluição do Rio Belém foi removida no trecho entre a nascente e o Bosque do Papa. Agora a campanha vai se concentrar na região dos bairros Água Verde e Parolin, que têm 100% de cobertura da rede coletora de esgoto, mas sem que os rios tenham sido despoluídos.
O Rio Palmital é um exemplo de que é possível recuperar a qualidade de um curso de água degradado. A Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, recebeu nos últimos anos um pacote de investimentos de R$ 30 milhões em habitação, organização fundiária, água, esgoto, sistema viário e remoção de famílias que estavam na beira do rio. O Palmital, que estava na classe 4 – a de pior qualidade de água –, voltou à classe 2 – dos rios que podem ser destinados ao abastecimento de água, com o devido tratamento, e as atividades recreativas, como natação e mergulho.
“No Dia da Água, a maior contribuição que o cidadão pode dar é se preocupar se está com a ligação correta. Se não tiver rede, usar fossa. Não desmatar, não ocupar área de manancial”, recomenda a diretora da Sanepar.
Evento
Também participam da conferência o superintendente-adjunto de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares; o presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), Bento Batista da Silva; o procurador Saint-Claire Honorato Santos, do Ministério Público do Paraná; o secretário de Estado do Meio Ambiente do Paraná, Linds­lay da Silva Rasca Rodrigues; a coordenadora de recursos Hídricos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Cláudia Boscardin; o presidente do Com­promisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Victor Bicca Neto; o diretor de Políticas da Fundação Avina, Waldemar de Oliveira Neto; a presidente da seção brasileira do State of the World Forum, Emília Queiroga; o diretor-superintendente do Lactec, Luiz Malucelli Neto; o diretor da ANA, Paulo Varella; o diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich; e o diretor-geral da Agência Nacional de Trans­­portes Aquaviários, Fernando Antônio Brito Fialho.
Serviço: Água Limpa para um Mundo Saudável – Credenciamento às 8h30, abertura às 9h10 e encerramento às 17h30, no Lactec – Avenida das Torres, 1341.

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Mananciais

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Manancial de abastecimento público é a fonte de água doce superficial ou subterrânea utilizada para consumo humano ou desenvolvimento de atividades econômicas. As áreas contendo os mananciais devem ser alvo de atenção específica, contemplando aspectos legais e gerenciais.

O aumento da demanda por água é consequência direta do crescimento populacional e da ampliação dos níveis de consumo per capita, e tais fatores  aumentam a pressão sobre os mananciais de abastecimento. Entre as situações que causam degradação das áreas de mananciais, podem ser destacadas: ocupação desordenada do solo, em especial áreas vulneráveis como as APP; práticas inadequadas de uso do solo e da água; falta de infraestrutura de saneamento (precariedade nos sistemas de esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos); superexploração dos recursos hídricos; remoção da cobertura vegetal; erosão e assoreamento de rios e córregos; e atividades industriais que se desenvolvem descumprindo a legislação ambiental.

A manutenção desse quadro resulta na baixa qualidade da água distribuída, expondo uma parcela significativa da população a doenças. Atualmente, esses problemas são amenizados pela aplicação de recursos de tratamento da água, ou investimentos em sistemas cada vez mais complexos de adução, em busca de novos mananciais.

A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais fatores limitantes ao desenvolvimento das cidades. Para a manutenção sustentável do recurso água, é necessário o desenvolvimento de instrumentos gerenciais de proteção, planejamento e utilização, adequando o planejamento urbano à vocação natural do sistema hídrico. As bacias que contêm mananciais de abastecimento devem receber tratamento especial e diferenciado, pois a qualidade da água bruta depende da forma pela qual os demais trechos da bacia são manejados.

É nesse contexto que a SRHU, dentro das suas competências institucionais, vem trabalhando na formulação de ações que visem a minimização de impactos sobre os mananciais de abastecimento com foco nas áreas densamente urbanizadas; promovam a articulação institucional e legal entre União, estados e municípios na gestão das águas; e aprimorem a gestão ambiental urbana, contemplando especialmente a capacitação de gestores públicos nessa temática.


FONTE:

http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/aguas-urba

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Mananciais

Manancial de abastecimento público é a fonte de água doce superficial ou subterrânea utilizada para consumo humano ou desenvolvimento de atividades econômicas. As áreas contendo os mananciais devem ser alvo de atenção específica, contemplando aspectos legais e gerenciais.

O aumento da demanda por água é consequência direta do crescimento populacional e da ampliação dos níveis de consumo per capita, e tais fatores  aumentam a pressão sobre os mananciais de abastecimento. Entre as situações que causam degradação das áreas de mananciais, podem ser destacadas: ocupação desordenada do solo, em especial áreas vulneráveis como as APP; práticas inadequadas de uso do solo e da água; falta de infraestrutura de saneamento (precariedade nos sistemas de esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos); superexploração dos recursos hídricos; remoção da cobertura vegetal; erosão e assoreamento de rios e córregos; e atividades industriais que se desenvolvem descumprindo a legislação ambiental.

A manutenção desse quadro resulta na baixa qualidade da água distribuída, expondo uma parcela significativa da população a doenças. Atualmente, esses problemas são amenizados pela aplicação de recursos de tratamento da água, ou investimentos em sistemas cada vez mais complexos de adução, em busca de novos mananciais.

A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais fatores limitantes ao desenvolvimento das cidades. Para a manutenção sustentável do recurso água, é necessário o desenvolvimento de instrumentos gerenciais de proteção, planejamento e utilização, adequando o planejamento urbano à vocação natural do sistema hídrico. As bacias que contêm mananciais de abastecimento devem receber tratamento especial e diferenciado, pois a qualidade da água bruta depende da forma pela qual os demais trechos da bacia são manejados.

É nesse contexto que a SRHU, dentro das suas competências institucionais, vem trabalhando na formulação de ações que visem a minimização de impactos sobre os mananciais de abastecimento com foco nas áreas densamente urbanizadas; promovam a articulação institucional e legal entre União, estados e municípios na gestão das águas; e aprimorem a gestão ambiental urbana, contemplando especialmente a capacitação de gestores públicos nessa temática.



FONTE: 

http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/aguas-urbanas/mananciais